quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Platonico

O que eu fiz... foi certo?
Mostrei o que sinto
Porém ainda não minto...
Foi certo?

Assim eu despejo
Procuro um desfecho
Que não me deixe na mão...
Que seja lindo, este trecho

Ela não me deixou,
Porém não me aceitou...
Ela não me negou
Ainda não me largou

Rimo verbos,
Pois em pânico estou
Não existe facilidade porém,
No que o amor conquistou.

Pois no passado pude ter
Este tipo de prazer
Quando era preciso
Pude te conhecer...
Larguei de muitas coisas
Mas agora indeciso,
Não pude desistir
Neste momento conciso
Te fazer... desaparecer.

Mas não minto, não minto
Amo-te demais, é instinto,
Este peso tão sucinto,
Racional porém extinto...

Não conheço mais a mim
Entretanto tanto quis
Que a resposta fosse sim,
Queria ter tentado antes...

Mas mesmo tudo isto
Não dissolve meu tal vício
De continuar tentando
E descobrir um outro ofício
Outro modo de tentar
Algo que possa me salvar...
Qualquer palavra que dê paz
Qualquer respiro que dê ar...
De crença, não vou me cansar...

E mesmo se eu cair, saiba que,
Dentre todas as dores,
Perdidos os amores,
Existem salvações,
Sei que de futuro meu, muito existe

E ainda te amarei,
Não sei como vai ser,
Não sei o quanto vou sofrer
Até perder eu tentarei,

E juro muito te amar,
Caso tudo dê certo,
Mesmo que difícil de encaixar
Existe aquilo que é lerdo,
Mas é algo que acontece,
é... não consigo me calar,
ainda assim não desespere,
sou ainda aquele que merece,
que te faz se lembrar,
do que a vida carece...

ainda sou mais um,
que te ama dentre muitos,
queria que não tivesse nenhum,
queria ser tua soma, nós dois juntos,

Linda, não esqueça,
Vou te amar como quiseres,
Não importa o que aconteça,
A vida tem momentos célebres,
que se tornam num poema...

Poemas nos quais eu sofro,
Nos quais eu tento dizer
Poemas nos quais socorro,
Meu dolorido jeito de viver
Por temas que eu amo,
Temas sóbrios de escrever,
Deixe-me deixar de ser tolo.
Vou então para a última estrofe,
O último conjuntinho,
Penso nas últimas rimas, catástrofe,
Pois tudo em que penso é...
Sem ti, sempre estarei sozinho...

O Rei Poeta

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