domingo, 28 de novembro de 2010

Olhar para trás?

E um dia ele largou
dessa vida de ardores
lamentando ele saltou
dum prédio de mil andares.

Lágrimas o abandonaram
cedendo para o alto,
mágoas suas que discorriam
vendo tamanha sua sina.

Ele não muito esperou
até atingir lá o fim
sua alma era deserto
seu futuro triste e certo.

Embora o chão ele via
não podia assim tocá-lo
quando mais se aproximava
mas tudo era tortuoso.

Agora tudo era vinho
uma cor mais calorosa
tudo era tão vermelho
sua morte impetuosa.

Apenas quando teve cabo
uma vida de miséria
foi quando recordou acordado
uma alegria muito interna.

Não podia mais sorrir
seu gênio definhado
e por mais sem desistir
já estava bem pregado.

todavia ali a pá,
para que alguém a utilize
uma pesada lembrança
uma nova longitude.

Mesmo assim ele não pede
para ninguém o amparar
pois ao pedir sempre se excede
ele não quer mais implorar...
Ele não vai mais implorar.

O Rei Poeta

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