sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Tempo Nublado...


Enxergo sim meu caro além,
que já me fiz saber da vida.
A chuva paira ao sol que nunca vem,
de uma nuvem cinza escuro colorida.

Me vejo à luz úmida,
me dou a mim mesmo um beijo.
Percebo a esperança única,
de satisfazer o meu desejo...

Porém não me diga que não vejo,
ao sentir seu eterno dilúvio,
pouco percebo meu corpo,
que de tudo faz parte, de súbito

O Rei Poeta

sábado, 9 de outubro de 2010

Só quero, só quero...

Que eu flutue então,
para o fim recomeçar.
Que eu desapareça são
antes de a mente zarpar!

Todos se salvam, todos,
nenhum fica sem mim.
Eu me espalho, loros,
para recomeçar o fim...

O Rei Poeta

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Um filme político

Sem dor não há tragédia,
amor não há drama,
humor não há comédia,
inteligência, não há trama.

Se sigo algo é por algum motivo,
se tropeço o passo, caio,
é o meu voto em algum amigo.

Vivo e prazer sinto,
como se fosse necessário,
curto, amo o recinto,
que vencer o canto do canário.

Canto pois o hino brasileiro,
honro então, o nome do país,
lembro porquanto, o coração estrangeiro,
que bateu e bateu, nunca foi feliz.

Mas peço por hoje...
Que não me leve embora.
Oh eu vivo pois pude,
lembrar de minha história.

Grito neste momento, grito!
Posso hoje confirmar,
nestes tais não acredito!
Cansei de aguentar,
só construiu um monólito!

Monólito de verdade?
Porque por dentro, ele é oco.
Por fora, uma raridade,
árvore, que vira toco.

Assim não mais pergunto:

O porquê de tanta comédia,
tão bem planejada trama,
quando antes era drama,
Aqui terminou tragédia...

O Rei Poeta