domingo, 22 de agosto de 2010

Mais amor, é o que peço...


Dói só de pensar... Vive em mim um monstro, poderoso, e terrível... Nego apenas se conheço suas intenções... Não sei se este monstro irá me destruir, me fortalecer... Se me levará a realizar grandes feitos, ou me influenciará a causar dano... a mim mesmo, ou aos outros, o que mais temo...
Dó de lembrar que ontem eu era alguém pior e melhor, alguém diferente, e hoje, sou o tipo de gente que não sente, não se importa, sou o que diz o poeta:
“Amo-me a mim mesmo menos do que aos outros
mas quando ferem os outros a si mesmos,
ferem eles os meus irmãos, soltos
e eu perdoo a nenhum dos que ferem,
e assim, deixo de amar os feridos...”
Gostaria muito se satisfizesse este sentimento único, se uma simples e única vez o sentisse... o chamado, nomeado “amor”. Se uma vez fosse o suficiente, por mim e por outros, se amor fosse algo extraordinário, fora do plano, algo que nos incitasse a qualquer coisa, por simplesmente lembrar, pensar nele.
Mas dói no fundo, de pena profunda...
Saber que no mundo, em cova imunda...
Existe o moribundo, sofrendo sua pena.
E eles sofrem... Sofrem por mim, sofrem por eles, sofrem por todos. Nós os sofremos também, mas é outra dor, é sentir algo sem o medo de se ferir com algo. Chance teremos de sermos o que tivemos a sorte de evitar. Música nos meus ouvidos... Ouço música nos meus ouvidos...
E tudo... Tudo o que vem à mente... A frase... A frase:
Voar...
Voar voar...
Voar pois, até que as dores...
Voar, até que todas as dores...
Tornem-se flores...
Todas as flores...
Tornem-se...
Em amores....
Bons amores...


O Rei Poeta

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Pois esquecimento me faz bem

Paro um pouco de definir as coisas
pois nem tudo é definível
a alma não se explica
pois não estamos neste nível

Paro também de ter razão
pois muito é tão incerto
prefiro agir do coração
e enxergar de modo aberto

Sou eu alguém sensível
alguém que curte, vive, dança
sei sim ver o incrível
enquanto a cor em mim avança

Quero então desconhecer...
Tudo que tenho à minha volta
quero voltar a não saber
nem o som que me entorna

Quero pois a alma crua
a incerteza guiará a mim
quero um tempo de mente nua
onde as dúvidas não tem fim

Quero não saber de nada
para escrever muito mais louco
quero amar de madrugada
onde me torno um tanto rouco

Quero ter maior paixão
que me guie nesta vida
quero doce ilusão
sempre desaparecida

Me ajude a ver então
um mundo menos sábio
onde tenha a tua mão
que ela toque o meu lábio

Te peço só que me cale
com os dedos censurando
para que por um momento eu pare
de viver tudo pensando

Quero me tornar vazio!
Quero poder esquecer
quero passar por muito frio
que das certezas vou perder

E por último quero paz
se não a minha, de todo o resto
que o mundo me deixe para trás
e do intelecto me despeço.


O Rei Poeta

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Uma paródia...

Sempre querida me foi a Praia Do Rei.
Em seu infinito horizonte o olhar enche-se de lágrimas...
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Me sento na areia fina e sinto suave brisa
incessante, no profundo silêncio
pesante, fico parado a maré
pensante, onde por pouco não me afogo
nas tristezas do coração

Ouço o vento levantar suavemente a fina areia,
e me lembro eternamente dos dias de sol,
e dos dias de chuva... do dia de ontem
e do hoje, em que vivo.
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Assim, se quase não me afogo em meu pensamento,
me naufrago no doce e suave azul do mar...

O Rei Poeta

domingo, 1 de agosto de 2010

Vagalumes

Eles, pois, ascendem meu rumo
enquanto eu, após, ascendo um lumo
pois amo a vida, o vasto
a mim, toda comida é um pasto
A todos posso então doar meu mundo;
ascendo ao passo em que vejo melhor
posso ainda passar por deveras tudo!

E então voltarei a dormir,
quando todos estiverem acordando
o mundo, estará com muito brilho,
estenderei meu sono profundo
sobre um carpete voador
acima de vaga-lumes que me levem

E para as nuvens irei
todo o mar de alegrias, nele...
me banharei, pois na vida
nossos momentos são por nós mesmos marcados.

Sim! Devemos então compor o tempo,
o tempo existe, é composto por nossas decisões.
farei tudo que puder para não desaparecer
e o melhor jeito é fazer a noite luminescer
forjada pois por centenas, milhares
os vaga-lumes em todos seus lugares!

Me reviva irmão! Me beije a boca, amada!
Pois cá estou eu, de paz, de volta,
observem pois... Enquanto crio para vossas excelências,
o melhor de meus mundos!
Ele é por si composto de palavras!
Eu o crio claro e brilhante, para que enxerguem os fundos!

Portanto prefiro remanescer, permanecer parado,
prefiro observar, relacionar, acordado!
Acordado fico enquanto durmo,
para contemplar minha criação, o mundo brilho!
Enquanto meus caros brilhos luminos me levam
e levam a luz para o céu noturno...

Acredito pois, que tudo irá virar!
Mudando o mundo, mudo o mundo em mim,
mudo o mundo, que o mudo muda,
piro, enlouqueço, perco então o nexo!
Estou avoar, a voar, com os vaga-lumes...
Não me acorde, durma comigo, e venha voar..........

O Rei Poeta