quinta-feira, 31 de março de 2011

Salvação Interna

A Mais bela poesia do mundo
não é composta por palavras.
É, pois, o amor mais profundo
preso dentro de cada homem.
É feita de compaixão,
onde são boas as lembranças,
onde conflitos são que somem.
É visível, não pela razão,
interpretável não pela mente.
É, dos pensamentos um vazão.
É "sentir", dos q'inda sentem.


A mais bela canção não é cantada,
mas uma forte expressão interna.
É, pois, sentida no intelecto.
A mente cria a sinfonia,
da mais pura essência humana.
Grandiosa maestria,
onde os problemas somem,
se desfazem as vertigens.
É lá onde a Paz se cria,
e se sustenta a fantasia.
É, da pureza, a origem.

Se fosse, se todos lessem tal poesia,
tragédias seriam ilusões...
Se alma sentisse a sinfonia...
Dos medos se fariam só palavras,
tristezas, seriam só canções.
Pois poesia lida é o que nos salva.
Canção é a harmonia,
a Paz, em nossos corações.

O Rei Poeta

quarta-feira, 30 de março de 2011

O Som do que se Move

Quando a tudo se ouve
mas nada se vê...
num tal desconforto,
pergunta-se "o que?"

É o som do socorro,
som de quem luta,
som move um morro
conquista de busca.

Sua mente é nova,
na cabeça ideal.
No peito esperança
por um feliz final.

Gritando e cantando
por melhores momentos,
exigindo e requerendo
o devido respeito.

Somos todos irmãos,
quando a algo queremos...
Mas cada um é um cão...
Ao guardar o que temos.

O Rei Poeta

O preço

Uma vida de memórias,
um futuro tão incerto...
Tão poucas as glórias,
Sei das quais pouco mereço.

Será que devo desistir?
ainda é cedo a decidir?
Será que devo eu tentar,
ou me manter neste lugar?

Dor que tanto me persegue,
perco minha dominância,
sinto tanto que me negue,
minha pouca importância.

Seja justo ou eterno,
não me cabe a saber...
Digno pois, espero ser,
de amor ainda receber.

"Tive de sacrificar,
tantas chances de alegria...
O que resta é chorar
por alguma companhia."

O Rei Poeta

Loucura


Digo, pois não sou louco... Acho.
Falo, mas falo pouco.
Não sei, pois da mensagem mostro só um jogo.
E ainda perco, no meu próprio ego...
O Jogo cujas regras eu criei.

Se não me entende, creio que ninguém.
E se me entende, não entende bem,
pois minhas palavras levam dor,
já que aqui eu fui autor,
de um palco onde enfim...
Lá ninguém mostrou amor.

Me tolere pois sofri,
o tempo foi-me porém caro.
Nele pois não aprendi...
Dentre o certo e o errado,
não coloquei-me a sorrir.

Agora sou triste vagante,
De razão evoluída.
Emoção, porém, de infante...
Preso em mente iludida,
prisioneiro em diamante.

Diamante nada quebra,
até que alguém me traga a chave...
Até então que eu aprenda,
me livrar de tal entrave,
pois ai me dói, ai que me dói?
Sonho em não ser mais um lacre.

O Rei Poeta

As Lindas Artes Internas

A mais bela poesia do mundo
Não é feita de palavras
É o amor mais profundo
Enterrado no coração de cada homem.
É feita de compaixão,
Onde se encontram as lembranças
Onde todos os conflitos somem
É visível não pela razão,
Interpretável não pela mente
É, do sentimento, o vazão
O verdadeiro sentido de quem sente.

A mais bela canção não é cantada,
É a forte expressão interna
Que um intelecto pode sentir
A mente cria uma sinfonia
Da mais pura essência humana
É a verdadeira maestria
Onde somem os problemas,
Onde criado é o universo
Uma canção que alimenta fantasias,
É, da pureza, o começo.

Se todo homem pudesse ler esta poesia,
E suas tragédias fossem só ilusões,
Se toda alma sentisse as sinfonias,
Seus medos seriam apenas palavras,
Suas tristezas, apenas canções.

(Rascunho de "Salvação Interna" : http://oreipoeta.blogspot.com.br/2011/03/salvacao-interna.html)

O Rei Poeta

segunda-feira, 28 de março de 2011

And I say to my self...

-Acorda.
"?"
-Este sou eu, a falar comigo mesmo, já que não consigo confiar em ninguém mais.
"Sim..."
-Lhe digo então, o tempo irá passar, vão passar também as dores, surgirão novos amores, a Terra, mãe Gaia, irá se renovar, tu vais com ela.
"Dor..."
-Muita dor poderá te atingir, mas nada te destruirá. Dizes não ter humildade, não? És orgulhoso de si. Quem pode, por isso, te julgar? Mas se te achas superior, seja o que achas que és, pois além de ti mesmo ninguém poderá o fazer.
"O tempo passa... e sou ainda fruto do meu passado caótico... Ainda perdido num confuso deserto."
-E incerto, porém procure a luz que se encontra no fim deste túnel, escuro, onde tu e ninguém mais colocaste a si mesmo, e onde tu e ninguém outro pode lhe retirar.
"Somos dois?"
-Não, és solo nesta vida, ao menos por agora. Mas tens a ti mesmo para teu conforto, isto é de grande ajuda, não é mesmo?
-Não desistas, não sejas impulsivo, não te exponha ao perigo, mas conheça o perigo. Digo-lhe: 'Viva e deixe viver'.
"Acreditar em mim mesmo..."
-Sim. Digo-lhe também: Não sofras em vão, és escolhido por sorte para teus feitos, sejam eles grandes ou pequenos, não se perca pois, meu caro, esta vida lhe dará o que queres, uma hora, ou outra hora.

Do Rei, para o Rei.

Braile


A emoção é cega à razão.
Seus ouvidos não ouvem,
seus sentidos não sentem.

A razão não convence,
a razão não mente,
pois a emoção, ela sabe a verdade.

“Não minta pois para mim, oh Razão,
não podes enganar o nosso coração.”
Diz, orgulhosa e imbatível emoção.

Espera porém, a razão,
que a emoção a traia,
"Conheço bem a tua laia!"
O corpo é único para ambas,
mas as intenções delas diferem.
Espera pois a emoção,
que a razão saia ferida,
Cada qual age como quer.

O Rei Poeta

Teu mundo


Guardo-te fundo.
Onde não transitam os trens,
onde não tumultuam os vigaristas,
guardo pois tudo o que tens.

Mostro-lhe um rumo,
pois ele é teu também.
Universo onde ficam os segredos,
universo que não é de ninguém.

Sou profundo, ou creio ser,
não sou porém, triste além
do que seriam as visitas...
Sem do mundo, as maravilhas.

O Rei Poeta

quinta-feira, 3 de março de 2011

Lado de luz.

Valha-me samba,
que de pulos estoura...

Valha-me cores,
me esqueço das dores...

Valha-me a capoeira... (Oh capoeira...)
e valha-me dança.

Seja honrado tudo o que te fez bem,
seja de ouvir, fazer, falar,
seja de existir, de ser e representar.

Valha-me a cultura, (doce cultura)
que de raízes ricas formou nosso lar.

O Rei Poeta

Cidade Perdida

Sobe-se e sabe-se que não existe luz no topo.
Vale-se tudo o que carregas no caminho,
sai de casa sem teto e semilouco,
para enfrentar tamanhos problemas sozinho.

É miséria e sofrimento,
mentira e eterna frustração...
Perde-se no pior momento,
onde não se sabe quem é sano, e quem é irmão.

Não falo de guerra, falo de "paz",
não levo da terra o que não se trás.
Não vivo sem ela e não sou nada, aliás,
liberdade constrangida nunca mais.

Vivo com medo de viver,
sou sem do futuro conhecer,
e penso com o peso de milhões...
Todos que vivem nas ilusões.

Meu ideal não tem partido, alívio!
É puro, belo e plausível.
Morro livre se for morrer,
pois não creio em vosso entardecer.

Então entardece o dia mudo,
pois o povo só se cala, não fala.
Eu então olho para o mundo,
vejo o poder desses calados.

Mas não teime por esperar
que um dia eles levantem.
Se ninguém for começar,
os corrompidos que à nós cantem.

Nossa existência será em vão, iludida.
Nossos lares derrubados,
a verdade esquecida...
Dos ideais que serão roubados.

E este é o país em que vivemos.

O Rei Poeta