Voar voar... Até que as dores tornem-se em flores... Até que as flores, tragam novos amores...
"Não escrevo para ser entendido, escrevo para me entender..."
Oh tal lâmina que me corta,
anavalha o sentimento.
Agora escrevo em linhas tortas
e paraliso este momento.
Perco tudo de partida,
pois o navio já afundou...
E de azul’água recebida,
onde o tempo em si, parou.
Viva e curta este segundo,
durará pois eternamente.
Parei o tal rodar do mundo,
só pra te deixar contente!
Porém a vida não emperra,
pois é linda, ela não para.
Mesmo parado,
o mundo não encerra,
segundos giram
de forma ligeira.
Parar o tempo é só metáfora,
já pois que o tempo é infinito,
queima-se imparável esta lenha,
fogo quente, azul lindo,
onde já não há mais luz.
Um lugar assim ardente,
queima firme irmão veloz.
Se consome, de repente, não desiste, tempo feroz.
Vivo, nascendo e vivo de novo.
Pago, prego, ou até esqueço,
mas a vida me entorna, me envolta,
pois eu não a grito, sigo, ou penso.
Eu viro e volto de novo,
pois a gota que secou me trás... Conforto.
Existo, pois sou e vejo,
mareja me trás a solidão... o choro.
Existe ainda aquele que busca seus motivos,
não espera nada por, em vão.
Utilizará o tempo para buscar teus sobrevívios?
Incentivado pela escuridão.
Quero saber enfim sobre este ser,
vivo com medo de de muitas dores.
Este ente que me deu o conhecer,
Pois por conta dele, finalmente, agora posso eu "voar, voar... até que as dores tornem-se... flores..."