Só, eu apenas desejo.
Fugir rumo ao fácil,
mesmo que não seja certo...
Existe alguma parte dócil?
Todos eles estão ali,
me olham e congelam.
Porém cá eu estou só,
compondo tal canção.
Sei eu cantar? Não, não sei não.
Mas pois reconheço o arpejo,
sei meu lugar onde desejo...
Um ritmo tal irmão.
Só, eu vivo andando,
conhecendo o mundo interno...
Descobrindo “para si”,
perdendo meu brilho eterno.
Sigo eu, sempre estou cego,
para a voz da emoção.
Mas não deixo pois não nego,
Uma luz de tal razão.
Só, posso sempre confiar.
Perplexo fico ao meu ser...
Ao vento... e ao mar.
Pois confiança trás poder.
Passei tempo procurando,
durante parte de minha vida,
meu coração fui eu cortando,
Por minha alma perecida...
Só, porém acompanhado. (parte 2)
A luz se apagou,
o tempo, que era moderno,
pereceu amargo,
o cheiro do eterno.
Faço de mim um mártir,
algo que conheci apenas hoje.
Percebo o som do partir...
Coração que já vai tarde.
Deixe-me sorrir!
Pois quero muito que conheça
o pesar do iludido.
Alma que perde vida.
Como salvo esta vida?
Eu pergunto...
Pois já está ela fraca,
num abismo, bem no fundo.
Talvez que eu precise disto,
o que eu sempre julguei...
Completamente dispensável...
Talvez foi aí onde errei.
Porém não me deixe cair,
abafado e afogado...
Nas lágrimas de um riso,
o perverso e o calado.
Eu não reconheço a vida,
embora vivendo-a esteja,
perdi a parte colorida...
Salve-me, salve-a...
Caí eu do meu passado.
Agora ele que me segue,
cá resta-me só o tempo,
que ardido se conserte.
O Rei Poeta, 9 de Setembro (dia da epilepsia) de 2010
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