quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Azul

Oh tal lâmina que me corta,
anavalha o sentimento.
Agora escrevo em linhas tortas
e paraliso este momento.
Perco tudo de partida,
pois o navio já afundou...
E de azul’água recebida,
onde o tempo em si, parou.

Viva e curta este segundo,
durará pois eternamente.
Parei o tal rodar do mundo,
só pra te deixar contente!

Porém a vida não emperra,
pois é linda, ela não para.
Mesmo parado,
o mundo não encerra,
segundos giram
de forma ligeira.

Parar o tempo é só metáfora,
já pois que o tempo é infinito,
queima-se imparável esta lenha,
fogo quente, azul lindo,
onde já não há mais luz.
Um lugar assim ardente,
queima firme irmão veloz.
Se consome, de repente,
não desiste, tempo feroz.

O Rei Poeta

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