sexta-feira, 15 de julho de 2011

Somente um valor

Valor que me ensina
valor que não me tenta,
mas um valor que me entenda.

Pois no fim de tudo,
é somente um valor...

Valor que faz valer
todo e cada momento,
mostra o valor do sentimento.

Pois no fim do mundo,
'inda é semente, de valor...

Semente d'onde brota tanta vida,
e minha paz antes perdida,
é paz que agora não tem valor!

O Rei Poeta

Escritura

Longe da dor
perto do medo.
Confortável calor
pó tanto azedo.

Pó que sai da terra
assim vejo eu,
vida então me leva
ao pó brota no chão.

Marrom, verde ou água doce,
pó que ensina ou adoece...
Minha sina não esquece,
de pó trazer do chão agreste.

De pó sinto o cheiro,
pó que somos e seremos,
e ao pó... meus caros, retornaremos.

O Rei Poeta

O Rei Poeta...

Poeta Rei.
Mas no fim, realeza,
não mando em ninguém.

O caminho não se dita,
se trilha.
Cada um que acredita
entende mais de sua vida.

Muitos não enxergam,
acreditando ou não,
em tanta sabedoria.

O Rei Poeta

terça-feira, 21 de junho de 2011

Mas o meu mundo...

O sol claro,
as noites velam as estrelas que morrem,
estrelas que ainda não vimos morrer,
e não veremos, pois o dia não mostra
o que a vida não dura pra ver.

O que é escuro,
atrás do furo que fiz numa aposta,
que eu não queria perder...
além no futuro,
se der sorte e ganhar uma nova
chance de encontrar um prazer.

Que seja real,
que me faça bem e me cante
o que falta-me a conhecer.

Vai um tributo,
ao que desejo de melhor ao meu mundo,
seja ele qual for que ele é.
Mas eu espero,
e me conformo com os dias que passam,
dias que eu não queria deixar...

Mas eu levo,
levo pois quero.
Quero pois vou conhecer...
O que me fez vir a existir,
o que me faz quem eu sou...

Sou o meu lucro,
e vivo na sorte de ser, pensar e viver o que eu sei.


O Rei Poeta

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Distante, tão perto...

Olhe pro universo,
ele é belo, imenso.

Ore pelo universo,
seja integro, seja intenso.

Viva pleno, seja manso...
seja calmo, poupe os prantos...

E seja alegre, seja bom,
pois os sonhos ainda virão...

Pois de vida bela e calma,
de paz, de dia vive a alma,
de noite, noite clara,
vir na soturna sombra Gaia...

Estarás então completo,
seu futuro será repleto,
luz, vida e então...

O universo,
ele estará olhando para você.
E desta vez, estarão de igual para igual,
onde no fundo o que importa...
É que não faz mal,
não leve a mal...

Só é um futuro marginal,
pois cá entre nós, de igual para igual,
vive só e solo sempre será...
O universo é imenso, eterno...
Sozinho...

O Rei, Poeta.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Tempo Corrido

Os dias estão indo
memórias vivas
memórias caindo
passado que foi
há muito tempo.

Passado que hoje
foi muito lento.

O minuto não mente
o motor da vida
o ponteiro não sente
é frio e é quente
prazerosa sofrida.

Os dias acabam
os olhos se fecham
não se percebeu
que lágrimas deixam
da memória passada
o que se esqueceu.

O Rei Poeta

domingo, 1 de maio de 2011

Alegro

Se o mundo tivesse tempo,
o mundo giraria mais lento.
A verdade que não se cura,
o mundo é dor que não se atura.
Verdade bela que não aquieta,
nas imperfeições a vida inquieta,
é estrela mais que bela...
Da vinda linda, vida eterna.

Do Rei Poeta

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Veneno que Cura


Sorvi veneno sem sorte...
Mas foi para me curar.
Foi por dor ou o porte,
do qual quis me livrar.


Veneno, pois que me dói,
logo ao me deparar,
com a vida que deixo...
Os prazeres do luar.
Entenda se claro não ficou,
sou sofrido, mas feliz sou.
Vivo interno, unido,
mas a vida me leva,
e leva sem que eu queira,
até onde não tem beira...
D’onde não posso me afastar.


O mundo me é querido,
enquanto posso navegar.
um dia pernas não terei,
não verei mais meu mar...


E as preces eu não fiz,
pois deixei de acreditar.
Já se foi o tempo de Assis,
a natureza já não mais tem seu lugar.


E divina ela é,
que de sofrimento não mais sei,
na natureza não pequei,
pois não sei como odiar.
Os sentimentos que terei,
após então me envenenar.

O Rei Poeta

quinta-feira, 31 de março de 2011

Salvação Interna

A Mais bela poesia do mundo
não é composta por palavras.
É, pois, o amor mais profundo
preso dentro de cada homem.
É feita de compaixão,
onde são boas as lembranças,
onde conflitos são que somem.
É visível, não pela razão,
interpretável não pela mente.
É, dos pensamentos um vazão.
É "sentir", dos q'inda sentem.


A mais bela canção não é cantada,
mas uma forte expressão interna.
É, pois, sentida no intelecto.
A mente cria a sinfonia,
da mais pura essência humana.
Grandiosa maestria,
onde os problemas somem,
se desfazem as vertigens.
É lá onde a Paz se cria,
e se sustenta a fantasia.
É, da pureza, a origem.

Se fosse, se todos lessem tal poesia,
tragédias seriam ilusões...
Se alma sentisse a sinfonia...
Dos medos se fariam só palavras,
tristezas, seriam só canções.
Pois poesia lida é o que nos salva.
Canção é a harmonia,
a Paz, em nossos corações.

O Rei Poeta

quarta-feira, 30 de março de 2011

O Som do que se Move

Quando a tudo se ouve
mas nada se vê...
num tal desconforto,
pergunta-se "o que?"

É o som do socorro,
som de quem luta,
som move um morro
conquista de busca.

Sua mente é nova,
na cabeça ideal.
No peito esperança
por um feliz final.

Gritando e cantando
por melhores momentos,
exigindo e requerendo
o devido respeito.

Somos todos irmãos,
quando a algo queremos...
Mas cada um é um cão...
Ao guardar o que temos.

O Rei Poeta

O preço

Uma vida de memórias,
um futuro tão incerto...
Tão poucas as glórias,
Sei das quais pouco mereço.

Será que devo desistir?
ainda é cedo a decidir?
Será que devo eu tentar,
ou me manter neste lugar?

Dor que tanto me persegue,
perco minha dominância,
sinto tanto que me negue,
minha pouca importância.

Seja justo ou eterno,
não me cabe a saber...
Digno pois, espero ser,
de amor ainda receber.

"Tive de sacrificar,
tantas chances de alegria...
O que resta é chorar
por alguma companhia."

O Rei Poeta

Loucura


Digo, pois não sou louco... Acho.
Falo, mas falo pouco.
Não sei, pois da mensagem mostro só um jogo.
E ainda perco, no meu próprio ego...
O Jogo cujas regras eu criei.

Se não me entende, creio que ninguém.
E se me entende, não entende bem,
pois minhas palavras levam dor,
já que aqui eu fui autor,
de um palco onde enfim...
Lá ninguém mostrou amor.

Me tolere pois sofri,
o tempo foi-me porém caro.
Nele pois não aprendi...
Dentre o certo e o errado,
não coloquei-me a sorrir.

Agora sou triste vagante,
De razão evoluída.
Emoção, porém, de infante...
Preso em mente iludida,
prisioneiro em diamante.

Diamante nada quebra,
até que alguém me traga a chave...
Até então que eu aprenda,
me livrar de tal entrave,
pois ai me dói, ai que me dói?
Sonho em não ser mais um lacre.

O Rei Poeta

As Lindas Artes Internas

A mais bela poesia do mundo
Não é feita de palavras
É o amor mais profundo
Enterrado no coração de cada homem.
É feita de compaixão,
Onde se encontram as lembranças
Onde todos os conflitos somem
É visível não pela razão,
Interpretável não pela mente
É, do sentimento, o vazão
O verdadeiro sentido de quem sente.

A mais bela canção não é cantada,
É a forte expressão interna
Que um intelecto pode sentir
A mente cria uma sinfonia
Da mais pura essência humana
É a verdadeira maestria
Onde somem os problemas,
Onde criado é o universo
Uma canção que alimenta fantasias,
É, da pureza, o começo.

Se todo homem pudesse ler esta poesia,
E suas tragédias fossem só ilusões,
Se toda alma sentisse as sinfonias,
Seus medos seriam apenas palavras,
Suas tristezas, apenas canções.

(Rascunho de "Salvação Interna" : http://oreipoeta.blogspot.com.br/2011/03/salvacao-interna.html)

O Rei Poeta

segunda-feira, 28 de março de 2011

And I say to my self...

-Acorda.
"?"
-Este sou eu, a falar comigo mesmo, já que não consigo confiar em ninguém mais.
"Sim..."
-Lhe digo então, o tempo irá passar, vão passar também as dores, surgirão novos amores, a Terra, mãe Gaia, irá se renovar, tu vais com ela.
"Dor..."
-Muita dor poderá te atingir, mas nada te destruirá. Dizes não ter humildade, não? És orgulhoso de si. Quem pode, por isso, te julgar? Mas se te achas superior, seja o que achas que és, pois além de ti mesmo ninguém poderá o fazer.
"O tempo passa... e sou ainda fruto do meu passado caótico... Ainda perdido num confuso deserto."
-E incerto, porém procure a luz que se encontra no fim deste túnel, escuro, onde tu e ninguém mais colocaste a si mesmo, e onde tu e ninguém outro pode lhe retirar.
"Somos dois?"
-Não, és solo nesta vida, ao menos por agora. Mas tens a ti mesmo para teu conforto, isto é de grande ajuda, não é mesmo?
-Não desistas, não sejas impulsivo, não te exponha ao perigo, mas conheça o perigo. Digo-lhe: 'Viva e deixe viver'.
"Acreditar em mim mesmo..."
-Sim. Digo-lhe também: Não sofras em vão, és escolhido por sorte para teus feitos, sejam eles grandes ou pequenos, não se perca pois, meu caro, esta vida lhe dará o que queres, uma hora, ou outra hora.

Do Rei, para o Rei.

Braile


A emoção é cega à razão.
Seus ouvidos não ouvem,
seus sentidos não sentem.

A razão não convence,
a razão não mente,
pois a emoção, ela sabe a verdade.

“Não minta pois para mim, oh Razão,
não podes enganar o nosso coração.”
Diz, orgulhosa e imbatível emoção.

Espera porém, a razão,
que a emoção a traia,
"Conheço bem a tua laia!"
O corpo é único para ambas,
mas as intenções delas diferem.
Espera pois a emoção,
que a razão saia ferida,
Cada qual age como quer.

O Rei Poeta

Teu mundo


Guardo-te fundo.
Onde não transitam os trens,
onde não tumultuam os vigaristas,
guardo pois tudo o que tens.

Mostro-lhe um rumo,
pois ele é teu também.
Universo onde ficam os segredos,
universo que não é de ninguém.

Sou profundo, ou creio ser,
não sou porém, triste além
do que seriam as visitas...
Sem do mundo, as maravilhas.

O Rei Poeta

quinta-feira, 3 de março de 2011

Lado de luz.

Valha-me samba,
que de pulos estoura...

Valha-me cores,
me esqueço das dores...

Valha-me a capoeira... (Oh capoeira...)
e valha-me dança.

Seja honrado tudo o que te fez bem,
seja de ouvir, fazer, falar,
seja de existir, de ser e representar.

Valha-me a cultura, (doce cultura)
que de raízes ricas formou nosso lar.

O Rei Poeta

Cidade Perdida

Sobe-se e sabe-se que não existe luz no topo.
Vale-se tudo o que carregas no caminho,
sai de casa sem teto e semilouco,
para enfrentar tamanhos problemas sozinho.

É miséria e sofrimento,
mentira e eterna frustração...
Perde-se no pior momento,
onde não se sabe quem é sano, e quem é irmão.

Não falo de guerra, falo de "paz",
não levo da terra o que não se trás.
Não vivo sem ela e não sou nada, aliás,
liberdade constrangida nunca mais.

Vivo com medo de viver,
sou sem do futuro conhecer,
e penso com o peso de milhões...
Todos que vivem nas ilusões.

Meu ideal não tem partido, alívio!
É puro, belo e plausível.
Morro livre se for morrer,
pois não creio em vosso entardecer.

Então entardece o dia mudo,
pois o povo só se cala, não fala.
Eu então olho para o mundo,
vejo o poder desses calados.

Mas não teime por esperar
que um dia eles levantem.
Se ninguém for começar,
os corrompidos que à nós cantem.

Nossa existência será em vão, iludida.
Nossos lares derrubados,
a verdade esquecida...
Dos ideais que serão roubados.

E este é o país em que vivemos.

O Rei Poeta