segunda-feira, 4 de abril de 2011

Veneno que Cura


Sorvi veneno sem sorte...
Mas foi para me curar.
Foi por dor ou o porte,
do qual quis me livrar.


Veneno, pois que me dói,
logo ao me deparar,
com a vida que deixo...
Os prazeres do luar.
Entenda se claro não ficou,
sou sofrido, mas feliz sou.
Vivo interno, unido,
mas a vida me leva,
e leva sem que eu queira,
até onde não tem beira...
D’onde não posso me afastar.


O mundo me é querido,
enquanto posso navegar.
um dia pernas não terei,
não verei mais meu mar...


E as preces eu não fiz,
pois deixei de acreditar.
Já se foi o tempo de Assis,
a natureza já não mais tem seu lugar.


E divina ela é,
que de sofrimento não mais sei,
na natureza não pequei,
pois não sei como odiar.
Os sentimentos que terei,
após então me envenenar.

O Rei Poeta

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