sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Sociedade das Árvores de Concreto

Onde ficam folhas,
em meio a prédios tristes?
São estas vivas,
por tantas mortes que resistem?

De certo não sei,
se dor folhas sentem.
As luzes apaguei,
chamas abrasam,
Digo que em mim, folhas sofrem.

E as raízes concretizadas,
em nossas ruas aprisionadas?
Calçadas racham enraizadas,
raízes buscando novas vias...

Seus troncos acinzentam,
peso... Tanta fuligem,
oh troncos, árvores vivas...
árvores, vossas vidas agridem?

Em meu reino decreto lei,
lei que todos obedecem!
Palavras do próprio Rei!
que às árvores protegem.

O Rei Poeta

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